SÚBITA LOUCURA ONDE AINDA EXISTES
A tarde pelo fim rasgada num horizonte todo puro
A luz em mel a cintilar húmida no quieto entardecer
Desmaia fimbrias das copas um sol pálido obscuro
Na folhagem terna entrançada claridade a esmaecer
Longos cabelos pelo prado estendidos no sossego
Das horas acobreadas em crepuscular melancolia
Por entre as árvores a inédita brisa o sopro a medo
Faz vibrar resplandecente a súbita palavra poesia
Como se a eternidade a cumprir-se de poemas no verso
Tão súbita de sentidos na loucura onde ainda existes
No clarão profundo do esplendor do universo
E pode o dia sempre morrer à mesma hora talvez tardia
Sentir-se no silêncio da tarde onde ainda resistes
Memória triste na bucólica clareira tão sombria
...
musa
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