MEU REGAÇO DE AMOR
Vieste para o meu colo de amor
Embalar a tua dor
Sossego de pedra por talhar
O dique em rebentação do teu olhar
Inundou o vale das minhas mãos a amparar-te
Um frio liquido incolor
Sombras de anjos tristes
No seu eterno repousar
Deitei-te no silêncio com que pude amar-te
Nos abraços em estreito regaço
Recebi do teu corpo o pranto e o cansaço
E da alma a profundidade delírio do tempo
A medida incerta do sofrimento
O tamanho espacial da eternidade
Em espiritual harmonia
Todo o teu ser estremecia
Em desilusão e saudade
No meu colo de serenidade
Deixei-te sofrer
Esvaíres-te de melancolia
Às vezes precisamos morrer a viver
Para sermos mais do que poesia
...
musa
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