DOR
Não sei mais se faz sentido algum sentir
Se dos sentidos a essência vida alimenta o ser
Quando da magnânima dor apetece tanto desistir
E a morte vem suavemente rondar o querer
A dor que não cede nem vinga pela analgesia
E esta tortura leve que singra sem se ver
A palavra dura em desalento poesia
Confessa a loucura deste insano viver
Sem saber quanto ainda se consegue aguentar
Que a dor sem limite e sem profundidade
No brilho triste do melancólico olhar
Marca o poema de tristeza e pranto
O verso dorido na mais louca intimidade
Que viver assim não tem encanto
...
musa
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