PRANTO CREPUSCULAR
Na tarde que o Verão tece
De cobres vermelhos
Envelhecidos
Ocres entardecidos
Ao por do sol acontece
Ouros húmidos e velhos
De tonalidades sanguíneas
Liquida a luz resplandece
Raios em franjas rectilíneas
A cair de um céu afogueado
Junto à capela a escuridão
Nas águas do chão o espelho de Deus
Esmaecem lágrimas dos céus
Um pranto crepuscular
Como se o horizonte pintado
Fosse uma tela do olhar
De quem sente com paixão
E de rosto enrubescido
Mostra à vida a solidão
Num sentir entardecido
...
musa
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