SÚBITA INOCÊNCIA
Das tardes clandestinas
A súbita inocência
De uma lágrima
Perdida
Como inocência roubada
Em súplica pedida
Nas horas vespertinas
A tênue anuência
Do olhar humedecido
E a fazer sentido
Tal apetência
Sem dizer não
A sensível essência
Dos olhos a brilhar
Como que a pedir
Um brilho excitação
Inocente sentir
A desorientação
Da tarde
Se todas as terças
Fossem segundas
Ou quartas
E sem que o peças
O teu olhar oferecido
Nas mãos onde te afundas
Pudesse fazer sentido
Ler as tuas cartas
E o tempo esquecido
Uma terça a esperar
E quando eu voltar
Nessa hora inocente
De silêncio no olhar
De riso perdido
Como quem consente
O impossível amar
O beijo pedido
O encanto vencido
O segredo vivido
E saiba calar
Uma hora uma tarde um instante
Já que é á terça que vem o amante
...
musa
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