POEMA DA VIDA
Perco o sono em perdido descanso
No leito da infância já tão distante
Desgastada desiludida em breve iludir lúcido remanso
Pelo machado do tempo afiado e cortante
As horas que custam tanto a passar
Talhadas no ruim destino trazido do berço
Na boca o credo o desalento as preces e o terço
E o círio que teima em arder no altar
A fé mortiça a chama que a dor queima
Desorientada a alma vagueia de templo em templo a correr
Pisa as pedras do chão insiste e teima
Crer e sentir e acreditar com sentido e teimosia
O dogma da esperança que se acende de querer
A cada verso palavra a palavra se fazendo poesia
...
musa
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