quinta-feira, 5 de outubro de 2017

POEMA DA VIDA

POEMA DA VIDA

Perco o sono em perdido descanso
No leito da infância já tão distante
Desgastada desiludida em breve iludir lúcido remanso
Pelo machado do tempo afiado e cortante

As horas que custam tanto a passar
Talhadas no ruim destino trazido do berço
Na boca o credo o desalento as preces e o terço
E o círio que teima em arder no altar

A fé mortiça a chama que a dor queima
Desorientada a alma vagueia de templo em templo a correr
Pisa as pedras do chão insiste e teima

Crer e sentir e acreditar com sentido e teimosia
O dogma da esperança que se acende de querer
A cada verso palavra a palavra se fazendo poesia
...
musa

Sem comentários: