PALAVRAS INVENTADAS
"
Eu invento tudo,
às vezes olho
para dentro,
voltar no tempo
dos meus eternos desejos.
Eu que olho
a lua de cabeça para baixo,
vivo a vida a tropeçar,
caio,
e novamente caio.
Não há melhor contratempo
quando não vens,
porque gosto de ficar assim,
ao sabor do vento.
E a vida continua
aos tombos,
levanta e cai,
e sempre tropeçando,
à espera de ti…
E tropeço...
J."
Nesta invenção de palavras escritas
De ausências e silêncios e esperas
A desilusão com que gritas
Choras e desesperas
Os eternos desejos fulcrais
Cataventos quebrados
As sombras carnais
Os olhos molhados
Pelo orvalho do olhar
E no chão a intimidade
As nossas lágrimas a cintilar
A dor ainda adormecida
Em cumplicidade
A terra prometida
A lua fugidia
Aos tropeções
A nossa poesia
Dos abraços o cansaço
A alma tão sentida
As desilusões
Os sonhos
De cal e de aço
Areia e luz
O tempero
Do vento que conduz
Palavras inventadas
O desespero
Sem fim
Nas tuas mãos fechadas
Ainda esperas por mim
...
musa
Sem comentários:
Enviar um comentário