ENGORDA OU FINGIMENTO
Os desgostos de amor
Engordam
Digo vos eu
E o poema
Os versos e os quilos na balança
A inspiração da madrugada
Em silente ressurgir
De doce tristeza
Nutriente saudoso
Meio lacrimoso
Das gordas palavras
Que engrossam a poesia
E o silêncio respirado
Convulsão metafórica
De intrínseca euforia
A aumentar tamanho
Do estranho fingimento
Com conta peso e medida
Suscitador de rumores
E do meigo sentimento
E humores do verbo
A latejar na pesagem
A faustosa imagem
Dos ditos cujos amores
Sem virgulas por suores frios
Desses quilos sombrios
Que asseguram a rima
E destratam a estima
Em inocente sentir
A fome inspirada
Algo a repetir
A dizer nada
Ou a fingir
...
musa
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