quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A MORTE

A MORTE

A trave tombada no cais
Sobre o lodo escuro metalizado
O duro corpo cansado
Faz a travessia
E o sopro da vida
Afunda a agonia
Sentida

Não ri não chora não grita não respira
E os olhos fechados ao sonho de viver
Escondem a melancolia perdida
No silêncio por esquecer
Uma lágrima por esculpir
A trave partida
Do sentir

As mãos moldando a distância
Uma ponte a atravessar o tempo
Um caminho por onde fugir
À trave do longe da infância
À inspiração do sentimento
Que agora é tempo e errância
Talvez consentir
Profundidade
Eternidade
Devir

musa

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