UM DEUS COMO UM GRÃO DE AREIA
Olho as dunas mansas à rédea da ventania
Numa encruzilhada de finas tábuas gradeando
A névoa luz coada num entardecer de poesia
No areal há danças de espumas flutuando
No vaivém da maré trazendo a água salgada
Um Deus criador vai multiplicando a areia
Grãos estendidos no areal em água enrolada
De algas conchas vazias e o tempo gélida teia
São frias as águas de sal do mar do norte
Na mão de um Deus como um grão de areia branca
A mortalha vaga aconchegante na hora da morte
A doce calmaria depois da terna tempestade
Que a vida esse inferno seja no final tão Santa
A prece espiritual para além de toda eternidade
...
musa
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