quarta-feira, 2 de agosto de 2017

AMOR LUZ

AMOR LUZ

Invisível a seda dos pátios abraçados de sombras cruas
Onde a luminosidade se quebra em mil pedaços
E por dentro se sente a morte em mil identidades nuas
Tentando vestir a escuridão de envergonhados abraços

Para quê esconder o amor num soneto num verso
Na invisibilidade da leveza com que as palavras se desnudam
No mistério maior escondido no longínquo universo
Se desabrochadas em flor fenecem e mudam

Morrem os sentidos o sentir o instante de paixão
A luminosidade a querer destruir as sombras do poema
Porque para além do azul nada mais há do que escuridão

Cada estrofe de palavras como um delito de entardecer
A luz a manchar de negro a tarde gélida e serena
Como se o meu amor já estivesse a morrer
...
musa

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