ONDE MORA O ANJO DA GUARDA
As casas verdes com ramagens
A cair floridas dos murais
Por dentro memórias de viagens
Por fora jardins esculturais
Na bainha neural do bucólico litoral
Nos braços estendidos ouvem-se pardais
Fazem ninho nos frondosos carvalhos
Chilreiam ruidosamente nos seus galhos
Ou nas janelas se atrevem no peitoral
A espreitar o sossego da moradia
A sombra luz tão íntima tão carnal
A desenhar no soalho rendada melancolia
Ali tão perto o mar atreve sibilar murmurando
Das profundezas o silêncio e a agonia
A voz que no escuro vai rezando
Ao anjo da guarda de noite e de dia
...
musa
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