ALDEIAS SUSPENSAS
No olhar errãncias barrotes de uma identidade
Marcas antepassadas de gerações em evolução
Lugares de coisas feitas no verbo da eternidade
A desenterrar no futuro num qualquer chão
Rastos de vida por onde andou gente a começar
Das mais belas feitorias de comunidade e civilização
Às vezes aí parece ter parado o tempo e o olhar
A abarrotar de melancolias e saudades e solidão
Suspensas vidas e coisas e as pedras a contar do passado
Livro aberto a memórias e raízes de gestas de viver
Lembranças num fio preso ainda ao tear abandonado
A alma sustenida o corpo adornado de objectos e tecidos
A casa o leito os suspiros os silêncios até morrer
As aldeias guardam para sempre os nossos sentidos
...
musa
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