NA BEIRA DO MAR
No Verão há flores frias gélidas e pálidas
Há ventos cortantes a serrar com areia
Dunas a desfazerem-se magras esquálidas
Uma vaga ruidosa a enredar como uma teia
De mar a inundar o areal de coisas mortas em pedaços
Conchas vazias e partidas já sem vida
Pedrinhas roladas por sal de muitos cansaços
Qualquer coisa abandonada ou talvez esquecida
Caminho sobre os detritos da praia deserta estranha
Como dois cavalos montados de sonhos e vento
Nesta imensidão de azul à beira-mar tamanha
A solidão que arrasto no trote das vagas imaginadas
De palavras escritas na areia do pensamento
Deixando pelo chão tristemente pequenos nadas
...
musa
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