PRECE AO SILÊNCIO
Em nome do grito
Sufocado na garganta
A voz enforcada de fragilidade
Na mudez adormecida
No embalo do pranto
O tempo de passado descrito
Que a palavra desencanta
Ao desnudar intimidade
De uma prece entristecida
Em angústia e fragilidade
Seja feita essa vontade
Por que ainda hei-de acreditar numa primavera
E brados ecoem todos os tempos
Profanos sagrados feitiços ou a quimera
De ecos e latidos espalhados pelos ventos
E céus rosados e rezas ladainhas orações e a trindade
A quebrar de misericórdia o sofrimento
E todos os mistérios e pensamentos
No silêncio prece do sentimento
O perdão mais do que súplica frágil inocente
Que a culpa e o remorso a vida consente
Em silente sofrer o espírito condena
E viver tal inferno e descontentamento
Triste eterno o desamor que a poesia serena
O verso em espiritual dor se faz prece de silêncio em poema
...
musa
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