POSIALOLOGIA
Enlouquecer deste profundo e frágil cansaço
Que em vigília rouba da noite o descanso
Este torpor repetitivo de sentir leve e manso
As palavras escritas a deixar dormente o braço
A cabeça louca numa dor intensa sem cessar
Os versos se atropelando para sair a correr do punho da mão
Fadiga extrema esta urgência líquida do olhar
Que as lágrimas escorrendo fazem arder a escuridão
Talvez leve à loucura esta insana patologia
Estar dentro da poesia e de poemas padecer
Diga-me doutor morre-se de posialologia?
A si que a esculpir palavras ou a pele dos sentidos
Faz sentido algum passar a noite sem adormecer?
Já que são tantos os dias assim perdidos
...
musa
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