Desenha-me solitudes versiais
conspurcadas de luz e coloco no umbral do teu sentir a trave-mestra das
enunciações da loucura com corpo endeusado pela poesia por onde passam os
sentidos a palpitar sedutoras estrofes de inspiração
A neblina tinge me as vértebras
do olhar
Caustica sensação do lume aceso
das palavras no dorso ardor do queixume
Fumo doloroso da respiração onde
o azedume do sentir estende o seu manto de pérolas de maresia
Cansado corpo transpira poros de
nevoeiro toldando olhar ao leme do pensar
A claridade traz se madrasta de
uma incumprida profecia
Unguento de rimas que acalmam o
poeta
Névoa ainda em meus olhos de mar
...
musa
Sai o dom mostrengo destas caravelas, olhares do teu horizonte, el rei, póstumo mar o seu, ritmos do vento assoprando os seus beijos, nas profecias das sagradas escrituras das saudades. Tu além, ajoelhada nas ombreiras da janela com o cabelo ao vento, ele saqueando as mais sagradas especiarias do teu coração. Lá longe, onde os bojadores cabos, se inclinam no fogo das ninfas reclusadas nos seus cegos olhos amados em ti.
Vitor Hugo Moreira
Odor de um verso perfumando os tempos em vitral dos teus olhos marejados de especiarias trazidas de reinos silenciados pela loucura do teu sentir...
musa
Odes marítimas de navegar em teu mar, saquear o de mais profano sagrado lanzir do teu ventre. Oh almas do templo me permiti compor as citaras vozes melódicas dos versos camonianos na pessoa lírio jasmim desta fêmea
Vitor Hugo Moreira
Não mais do que uma lira no timbre azul do sangue em sal vagueando dispersa neblina em gozo de calor e humidade tombada pranto ao vosso olhar... Queria ser vaga e alterada ser rima com a ternura da tempestade...
musa
Vingai em aclamações do vosso vestíbulo despido das anunciações evangélicas. orai ajoelhada nos abraços da verdade sedutora no vermelho escarlate, desta carta aqui recebida em vossos lábios, oriunda do mais recôndito mar alto do meu corpo
Vitor Hugo Moreira
Há luz que permeia força e frio e abraça de nuança cor forma e feitio de uma imensidão sedutora que te faz ser poesia
musa
E as almas agigantam-se no miudinho frenesim dos teus olhos
Cantai almas, o amarelo do sol
queima as solidões das sombras que se dançam em vossos olhos
Vitor Hugo Moreira
Precisava sentir a areia sob os pés e encontrei palavras amansadas em marés de espanto e luz...
musa
Os semáforos verdes dos templos libertam as ansiedades tumultuosas de as asas se serem Fénix, os unicórnios dos sagrados manjares da liberdade excêntrica sonhadora
Vitor Hugo Moreira
Virgens luminosas incendeiam escarpas das ondas que esvoaçam espumosas asas...
musa
E nas montanhas do teu Olimpo, de
ouro transformado o fino linho do teu corpo, emana as vozes silenciosas dos
ecos da tua plena sabedoria existência.
Vitor Hugo Moreira
Fio da trama de uma Ariadne
furtiva ao encanto existencial
musa
Duo musa & Vitor Hugo
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