terça-feira, 25 de março de 2014

AO INCÓGNITO POETA - UM POETA NÃO SE PEGA (Sebastião Alba) - Parte 1


AO INCÓGNITO POETA


Há passos com fome e frio
Onde perdido o poeta anda escondido
Do rumo devaneio vazio
Nas bermas da alma alucina o sentido
E no olhar anda à deriva sombrio
Um gozo descanso desmedido
Do deixa andar
Ao desvario

Enfrenta a vida na incógnita existência
Onde parece naufragar
Palavras de pura demência
Que brilham a calma do seu olhar
E a aparência de mendigo
A alva inocência e o castigo
Levitam a loucura
Da condição de sem-abrigo
Onde a poesia perdura
E o poema é o seu amigo

Não lhe falem de inspiração
A ele basta-lhe a solidão

(in memória de Sebastião Alba)
...

musa

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