AO
INCÓGNITO POETA
Há
passos com fome e frio
Onde
perdido o poeta anda escondido
Do
rumo devaneio vazio
Nas
bermas da alma alucina o sentido
E
no olhar anda à deriva sombrio
Um
gozo descanso desmedido
Do
deixa andar
Ao
desvario
Enfrenta
a vida na incógnita existência
Onde
parece naufragar
Palavras
de pura demência
Que
brilham a calma do seu olhar
E
a aparência de mendigo
A
alva inocência e o castigo
Levitam
a loucura
Da
condição de sem-abrigo
Onde
a poesia perdura
E
o poema é o seu amigo
Não
lhe falem de inspiração
A
ele basta-lhe a solidão
(in
memória de Sebastião Alba)
...
musa
Sem comentários:
Enviar um comentário