ÀS MULHERES MORTAS POR APEDREJAMENTO
MULHER
Lívida silhueta no prelo do tempo
Há pergaminhos escritos com o sangue das luas
Leitos manchados de dor e desalento
Em camas despidas nuas
De louco sentimento
Ideias vis e cruas
Insano lamento
Engano
Nas lágrimas farpas fundidas de solidão
De um sentir moribundo e estranho
Em liga de metais humedecidos
Rajadas de balas sem razão
Apedrejados sentidos
Em cega violação
Não serás Mulher no sentir do prazer
Tanto que te queima essa negação
A pedra que te atiram ao Ser
Não perdoa nem dá a absolvição
Mas dá-te a vida para morrer
Sendo mulher na ilusão
…
musa
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