Ríspido olhar sobrevoa existência
Acima dos corvos nenhum voo é
rasante
Ecoa na memória a sobrevivência
Que tantos venceram a história
distante
E nenhum olhar trouxe da
concentração
Mais palavras envenenadas de vida
cortante
Que aquela que separa os ventrículos
do coração
E faz correr rios de histórias
Em dócil imaginação
Da morte memórias
Chega mansa por caminhos de
palavras
A memória da vida a palpitar a
história
Descansa destinos de mágoas
Uma dor sentida vangloriando a
glória
De tão cruel poderio
Tão insipido vazio
Vil sentir
E o rio ali tão perto
A sede do deserto
A fome da loucura
Esse amor à morte desperto
Em tão doce abraço de ternura
E de assim da vida desistir
E de assim da vida desistir
…
musa
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