MORRER NA FOZ
Chegarei ao mar
Serpenteando até à foz
Haverá ondas a cantar
Com a maresia da voz
E o murmúrio das sereias
E o grito das gaivotas
E as vagas como colmeias
E as nuvens como devotas
Deste meu eterno canto
Que tantas vezes é pranto
Inferno de sentires
Chegarei ao mar
Onde possa descansar
Mar alto de onde me vires
Acenar ao pensamento
Nas asas do vento
E de águas doces adormecer
Nos braços das águas de sal
De madrugada ao entardecer
Hei de morrer na foz de Portugal
...
musa
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