Arde-me
o peito em lento fogo agonia
O
ventre menstruado da escuridão
Luz
das trevas que negro sangue alumia
Consumida
a carne de dor e podridão
Desferida
a lâmina em seio duro excitado
Jorra
o leite aceso da madrugada fria
Húmida
espessa bruma cobre o lago enevoado
De
cal ardida silêncio sêmen e euforia
Fútil
erecção da estéril luz da alvorada
Que
assim se faz mulher de hímen rasgado
E
sangra luminosa a manhã despontada
Tinge
a negra escura hora de sangue vivo
Da
mais branca cal em chão manchado
De
dor arrependimento e golpe desferido
...
musa
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