domingo, 15 de março de 2015

LONGURA

LONGURA
la longe
as luzes amorfas
vigiam a escuridão
num ocre alimonado
a estrada curva a aragem da maresia
jaz a escura sombra do silencio
riscada de faróis inquietos de fuga
trepida o comboio na linha junto ao mar
a noite enfurecida vai numa viagem sem fim
espera amanhecer o tempo curvado de neblina
são assim os dias entre o campo e o areal
onde a praia rumina as rochas salgadas
com o vaivém das ondas fugidias
a cada vaga a aragem morre
onde o tempo lacrimeja
uma cor enevoada
o escuro da luz
nuas trevas
distantes
...
musa 

Sem comentários: