segunda-feira, 23 de março de 2015

A MIMOSA

Tímida a mimosa floresce de amarelo o verde da folhagem
Junto à Biquinha da água fresca no lugar do Prado
Escorre no chão o regato que humedece a paisagem
Na tela o pintor imortaliza os ciganos e o gado

Mas é a velha mimosa que dá cor
Aos esboços traços que vão ganhando vida na pintura
São contornos de nostalgia lembranças de amor
Um pacto de ternura palavras sentir poesia e loucura

O quadro pintado em pensamento da mimosa florida
Tem alma e sentimento humedece o olhar
A bucólica imagem de um pedaço de vida
Que fica no poema para mais tarde recordar

Debaixo da mimosa já não nasce a frescura da água
Nem o sossego do campo silencia os animais
Brota no peito da terra a secura da mágoa

As flores da mimosa botões de sol radiante
São luz colorida em ponteiros cardeais
A marcar de saudade um passado distante
...

musa

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