Tímida
a mimosa floresce de amarelo o verde da folhagem
Junto
à Biquinha da água fresca no lugar do Prado
Escorre
no chão o regato que humedece a paisagem
Na
tela o pintor imortaliza os ciganos e o gado
Mas
é a velha mimosa que dá cor
Aos
esboços traços que vão ganhando vida na pintura
São
contornos de nostalgia lembranças de amor
Um
pacto de ternura palavras sentir poesia e loucura
O
quadro pintado em pensamento da mimosa florida
Tem
alma e sentimento humedece o olhar
A
bucólica imagem de um pedaço de vida
Que
fica no poema para mais tarde recordar
Debaixo
da mimosa já não nasce a frescura da água
Nem
o sossego do campo silencia os animais
Brota
no peito da terra a secura da mágoa
As
flores da mimosa botões de sol radiante
São
luz colorida em ponteiros cardeais
A
marcar de saudade um passado distante
...
musa
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