sábado, 28 de março de 2015

VELHICE

O tempo envelheceu no teu lugar
E o nó que desfaço no teu abraço
Por instantes estreitou o teu olhar
E afagou de lágrimas o cansaço

Já não te entendo nessa intimidade
De líquidos silêncios e gemidos
E a voz embargada de saudade
A estreitar entre nós os sentidos

Murmuras as horas já tão remoídas
Um queixume que tempo este que não passa
São manhãs e tardes esquecidas

Os dias repartidos de amor e gratidão
E ao olhar digo-te que queres que eu faça
Do tempo que em nós é solidão
...

musa

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