Depois
que hora a hora o sentir do oculto se desprende
E
da sombra dos sentidos se eleva a mística nostalgia
Demora
a lentidão que olhar e grito não entende
O
verso que da saudade subentende a poesia
Ao
templo dos olhos em erguido altar do oculto
A
prece murmura nos lábios insana lúgubre razão
Os
votos de silêncio que em memoria já sepulto
Porque
mais ninguém compreende do poema esta paixão
Como
a onda tumultuosa do mar solitária esmaecida
Tombando
sobre olhar espraiado em silenciado sentir
Grito
calada nudez azul toda a intempérie da vida
Ocultados
sentimentos a deriva de nostálgico pensar
Que
a solidão em mim e toda eu possa consentir
Jamais
ocultarei do verso estranho profundo soluçar
…
musa
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