para
ti...
sei
que guardas as minhas palavras
como
pedras raras de um silenciado encontro
como
amarras de um qualquer porto
entre
cascos e vagas o confronto
escritas
as palavras dão-te conforto
e
a raridade de profundo sentir
sei
que o teu olhar me escolhe
de
entre tantas leituras
a
tua alma o molhe
estivador
de lembranças
acolhe
a claridade e as minhas loucuras
e
no silêncio fundo do ser esperanças
a
bordar o horizonte de sonhos perdidos
de
gestos afagos e ternuras
em
valsa de vagas e sentidos
sei
que os teus lábios ainda sabem o meu nome
e
na escuridão gestual das sombras vertidas
a
angustia a temeridade e sede e a fome
da
ilusão em vestes despidas
e
nessa insana nudez
a
saudade que despi
a
mais profana timidez
a
lembrar o que guardas
no
fundo azul de ti
...
musa
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