Dócil
matiz do mar sossegado
Bordado
de vento em maresia
Há
no horizonte um barco parado
Esperando
a madrugada fazer-se dia
Aguarda-o
a terra num abraço de porto
Aclarado
anoitecer em olhar fantasia
O
casco rasga vagas de um mar absorto
No
sal de tantas lágrimas com selo de agonia
Na
boca suspiros de gente levada ao cais
Lavada
de choro em sufocada alegria
A
espera faz brilhar gume de punhais
Cravada
no sentir em palavras poesia
Amarra
na chegada sonhos de paragens
Cordas
soltas de missão cumprida
E
na incerteza a solidão de tantas viagens
Assim
é o pranto da alma incumprida
…
musa
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