quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

CHOVE

CHOVE

As veias húmidas abrem sulcos de tristeza
Escorre na pele um segredo por contar
Prendem-se as mãos de consentida incerteza
Abre-se o chão às lágrimas por chorar

Atrás da vidraça escorrem gotas de sentidos
Adentro a casa guarda tristes pensamentos
O vidro da janela humedece olhares partidos
Ao longe ingrata lembrança dos sentimentos

Dias de chuva frio vento e uma dor incontida
Tardes de cinzento murmurando mar bravio
Secreta silenciosa se guarda e lembra a vida

Chovem lágrimas das mãos por tão triste tempo
No calor do lar os dias arrefecem a pele de frio
Húmido choro de mágoas por contar ao desalento
...

musa

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