CHOVE
As
veias húmidas abrem sulcos de tristeza
Escorre
na pele um segredo por contar
Prendem-se
as mãos de consentida incerteza
Abre-se
o chão às lágrimas por chorar
Atrás
da vidraça escorrem gotas de sentidos
Adentro
a casa guarda tristes pensamentos
O
vidro da janela humedece olhares partidos
Ao
longe ingrata lembrança dos sentimentos
Dias
de chuva frio vento e uma dor incontida
Tardes
de cinzento murmurando mar bravio
Secreta
silenciosa se guarda e lembra a vida
Chovem
lágrimas das mãos por tão triste tempo
No
calor do lar os dias arrefecem a pele de frio
Húmido
choro de mágoas por contar ao desalento
...
musa
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