Pátina
de maresia humedece as pedras molhadas
As
fraguas naufragadas das vagas a soluçar
A
dor que de sal humedecida
Se
faz onda perdida
Em
confesso pensar
Vaga
sentida
Marear
Na
escadaria há beijos de água salgada
Ondas
arribando em sobressalto
Na
pedra fria molhada
O
céu firme alto
Por
alcançar
E
diante dos meus olhos húmidos de espanto
Os
teus com o pranto das vagas em rebeldia
Num
rosto de brancos cabelos de encanto
Como
a espuma das ondas na praia sombria
Areia
enchendo o pensamento leito
A
água fria límpida e pura
O
mar naufragando o peito
E
esta saudade que perdura
Assim
intensa deste jeito
Assoreamento
que me fere a ternura
Olhar
assombro tela poesia
Em
profundo mar de loucura
Afundo
em serena fantasia
Sem
saber que me procura
A
vaga que quer ser um dia
Areal
desassossego alegoria
Caverna
por descobrir
Onde
escondo meu sentir
…
musa
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