MORRIAS HOJE
O tempo não consegue fazer esquecer que morrias hoje.
E em minhas mãos deixavas a magnólia pranto da saudade
O tempo não apaga nos meus olhos os teus olhos
Nem a melancolia que no meu olhar insiste
Nem a melancolia que no meu olhar insiste
Nem desvanece um pouco as lágrimas da infelicidade
E eu serei todos os meus dias um pouco mais triste
Na incerteza do amor que não vivi
E esta dor ausência em que persisti
É tão profunda como a tua morte
Que lá atrás no tempo
Eu assisti
A vida vive os meus dias e resiste
Aos caudais de riso em dias de chuva
Os dias morrem o esplendor de silencio entardecer
Que escorre na vidraça embaciada e turva
E humedece de choro e dor o leito amanhecer
E o corpo devassado pela ilusão da vida
Com todas as promessas quebradas e ausentes
Só deseja morrer
Há uma infinita solidão sentida
Horas por viver em minutos pendentes
No gume aceso dos dias a sofrer
O lume que se acende
É dor que não passa
É dor que não entende
Que por mais que eu faça
Que de tudo o que eu penso
Não consigo esquecer
A única certeza
A morte em suspenso
A vida presa
Ao meu viver
Ao meu viver
...
musa
19 de Fevereiro ... já foi há tanto tempo...
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