Confessam
as paredes silêncios escondidos
As portas
fechadas esperam as longas demoras
Sobre os
telhados já não fazem ninho pássaros perdidos
As
janelas têm as cortinas corridas
Há
segredos e sentidos
E por
sarar feridas
As
alegrias deram lugar ao sofrimento
E os dias
engrossaram o vendaval
Do
ausente silêncio que se demora no sentir
Toda a
casa é insustentável lamento
Quase
tumba sepulcral
Do intimo
existir
A alma
inteira é um sótão fechado
Um piano
cansado faz parte das estranhas antiguidades
Restos de
momentos e um pedaço de vida guardado
De meigas
e tristes intimidades
E na cave
já esquecido
Um livro
de memórias
Toda a
casa tem as suas histórias
Umas mais
fantasiosas outras mais verdadeiras
Umas mais
secretas outras mais gloriosas
Outras
mais livres outras mais prisioneiras
Somente
vidas espinhos e rosas
...
musa
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