sábado, 6 de fevereiro de 2016

ABANDONO

(... em horas de des...espera...)

Deixo-vos poesia a ler por alguém
Em livros esquecidos da vã memória
Trémulas palavras em nome de ninguém
Páginas rasgadas de coragem e de glória

Livros que o tempo reduziu ao pó em segredo
Na estante das tristezas onde fica a saudade
Um silêncio demarca o lugar de meigo relevo
Da existência ausente que se faz eternidade

Há no olhar linhas em branco por escrever
E nas mãos restos de poemas veias a pulsar
A pele dos sentidos em pranto a estremecer

Enquanto houver sonhos não há despedida
E todos os livros abertos de par em par
São folhas soltas dos versos da vida
...

musa

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