São
borboletas queimando a boca de lume
Voos
luminosos de cores de negra morte
Gosto a
fogo e cinzas e azedo amertume
Uma
fadiga de lágrimas em sentida sorte
Asas
nunca abertas em céus abrasivos
De lavas
escorrendo escarpas de cetim
Fluidos
esvoaçantes húmidos sentidos
Vibrantes
agitadas em louco frenesim
Nunca
voarei para os teus lábios por querer
Esse o
mais insano delito de breve momento
Porque no
teu corpo não voo mais de prazer
Morreram
as borboletas de ausente espera
Desisti
de desejo vontade e sentimento
A luz
negra da intimidade chama quimera
...
musa
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