segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

FARPAS

Para ti...

FARPAS

Farpas são essas ausências de silêncio pontual
Agrestes como um nevoeiro noctívago
A coberto da fria noite e húmida como um punhal
Que se crava no peito em fundura saudade
Um imperfeito rasgo de tristeza
Na ausente intimidade
Soldadura sentir incerteza
Para além do reflexo na vidraça
Transparece a beleza da escuridão
A dor insustentável trespassa
Embaciada luz da solidão
Nunca vou saber o que sentes
Porventura intimo querer louco desejo
A paixao sem palavras que consentes
Timidez discreta de um beijo
Todos os tempos e sentidos
A nudez secreta do amor
Devaneios insanos proibidos
Prazer loucura indolor
Olhares perdidos
...

musa

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