Que dor
tão deslumbrada se acerca do meu ser
E me toma
por inteiro espanto desse encanto
Da alma
enamorada em cativo padecer
Escorre
dos meus olhos no mais meigo pranto
Vibra
pungente em sentimental pulsar
A
meiguice carnal do intimo sofrimento
É
contundente aguçada ardente no olhar
Lateja
crepitante como fogo em movimento
Varre de
poro a poro ardendo visceral
Queima os
sentidos em lume brando possesso
Dentro da
cabeça aflora a visão surreal
Das
palavras que um secreto sentir
Deslumbram
a essência da dor que confesso
Ainda que
inconsciente esteja a fingir
...
musa
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