sexta-feira, 29 de agosto de 2008

PUTA PROMESSA A DA MARIA

Maria por pressas já vai cansada farta de tantas promessas feita submissa de mármore pedrarias na goela a raiva incontida que tanto fel e mel lhe darias atravessada ao olhar a humidade sentida sabendo a nada sabendo a vida Ah! essa Maria raivosa das esquinas esbotenadas pombinhas escancaradas peitos roubados de sossego por passeios espraia o medo perde a saudade e a esperança nas ruas da amargura e do absurdo as mãos a tremer de vingança o corpo a jurar ser criança e os homens a querer tudo botões de rosa desfeitos em saliva esculpidos de beijos e de sal a pele dourada como a espiga num campo de trigo visceral Maria apressa a sua deixa não tem tempo para o amor já nasceu em forma de gueixa de um triste parto com muita dor

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