deixa-me ter nos teus braços o parto do pranto
no teu olhar deixa rebentar as águas em delírio e encanto
abrir as pernas em doçura ardente
dentro do meu peito sentir tão quente
nasceres em mim
abrir-se a alma como entrada nas fráguas
pedras escravas de todos os sentidos
de todas as mágoas
de todos os choros paridos
enquanto as ancas se aprumam no jeito
as carnes se alargam
se alagam em sangue no leito
espasmos em flor e uma a uma a contracção
as dores se afagam
voltam a vir
os olhos se apagam
para da dor saíres tu
e eu tanto te sentir
num parto de dor e comoção
o corpo extenuado nú
acabado de parir
uma paixão
1 comentário:
Ana Barbara; hallo que este poema es triste, pero hermoso. Veré si la traducción está bien. Bjus.
Enviar um comentário