segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Noivado

Noiva
Seguravas no teu olhar
O mar dos meus olhos
A ondular
Parados de um abstracto puro
Falavas-me de longe
O teu discurso tão seguro
E eu sempre voltava ao teu lugar
As nossas mãos peganhentas
De promessas sinceras
Conduziam as caricias
Sedentas
Enlaçavam-se em nós como heras
Trepavam de amor
Dizias-me que eramos noivos
E eu chorava
Em flor
Desabrochava
Muda de espera e de ilusão
Guardava em mim
Essa palavra bonita
No coração
Noiva até ao fim
Sem o ser
Amava
Sendo-o para ti
Sonhava
Rolando cada sonho
A florescer
No choro por ti desencadeado
De volta ao real da vida
Num eterno
Noivado

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