Amor... consigas meu pensamento sobre meus seios cobertos de trigo
A alma em devaneios secretos quando não estou contigo
Consigas percorrer caminhos campos em flor pela mão do vento
Consigas deixar-me levar na limpidez da água dos regatos que rasgam prados de sede de amar por um só momento
Consigas na timidez do teu olhar envolver-me em última instância por um rasgo de luz a cintilar em brilho e elegância de sentimento
Amor... consigas penetrar a minha alma encontrada com a tua
Consigas vibrar o tempo de sedução e prazer na breve paixão da noite com a lua
Consigas esse tempo intacto na profundidade do meu silêncio penetrante tacto a tacto na raridade de um cometa distante
Consigas o cosmos de todo o meu ser pulsante em teus abraços sedutores de amante apaixonado por prazer sem hora sem laços apertados delirante de outros amores encontrados de um passado palpitante
Amor... consigas o pão da tua boca sobre a minha pele de fome ardente
Consigas então encontrar-te em mim até ao fim da tua vida insistentemente consentida em ter-me em ti por dentro por fora numa demora de tempo e instãncia de corpo e substãncia onde para amar não há hora
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