Palavras
das trincheiras da alma
Em
húmidas lágrimas do peito
A terra
toda em vala de versos
O poema
de tiros desfeito
A bala de
gritos dispersos
O
silêncio a calma
A morte o
leito
E nada se
salva
No sulco
do poema imperfeito
O
projéctil rima dos sentidos
Rasga com
dor e defeito
A poesia
dos gemidos
E sangra
amor
Do verso
a bala
Do sangue
a cor
Do medo a
fala
A raiva
que ninguém cala
Os tiros
perdidos
Os versos
feridos
Os olhos
vencidos
A
desilusão indolor
As balas
do torpor
Os homens
que tombam no chão
As valas
que se abrem à mão
Um dia o
verso será flor
...
musa
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