O teu
olhar pistilo em flor
Óvulo
maduro em sagração
Primavera
em rebento de amor
Semente
de vida em floração
Lisas as
mãos dos desvelos por cuidar
Os caules
de espinhos macios suaves
São asas
e penas de quem sabe voar
Dos
ninhos abandonados dessas aves
A tua
boca raiz de pranto
Submersa
loucura de amargo sabor
Sacia se
palavras o gozo desencanto
No parto
provocado já sem dor
As folhas
soltas batem asas ao vento
São
nuances doiradas pelo chão
Rebentam
águas pelo pensamento
Renascem
húmus da doce fertilidade
São
pedaços vivos de mórbida inspiração
Palavras
sentidos da poesia insanidade
...
musa
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