quinta-feira, 5 de novembro de 2015

PORQUÊ

PORQUÊ
A vida em cinquenta anos de sentir
Jamais soube o porquê de assim viver
Esta ânsia injustificada de partir
Ser tanta esta vontade de morrer

Rosa vermelha o sangue depois de tudo
No espelho quebrado este feitiço
Tanto desejo de morrer quanto absurdo
Encarnado desencanto assim mortífero

O gozo entranhado da morte apetecida
Punhal encravado na garganta
Sangro essa vontade assim sentida

Não sei porquê e talvez nunca saberei
Carnal sentir desta insanidade tanta
O ultimo verso que nunca escreverei
...

musa

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