Há de
haver absoluto silêncio
Sobre o
dorso das teclas
Onde
deposito alma
Corpo de
sílabas
Esboçado
a versos
Na crina
da palma
Assim
entregue
Os dedos
em esboço
Tocável e
tocante
Intimidade
que se ateve
Antes de
ser minha amante
E o
teclado o corço
De olhar
fugidio
Há de
haver todo meu corpo aí
Lânguido
afável escorregadio
De
carícias lacunares
Como já
senti
De
roçares rebeldes
Como já
vivi
De um
sentir vadio
Como aqui
Nesta
cama se me amares
Fizeres
de mim alquimia
O verso
lastro urgente
Sobre as
teclas deixares
O calor
húmido do leito quente
Dócil
desgaste que assobia
Murmúrios
de prazer
Ritual de
magia
Consumada
inspiração
O delito
dessa orgia
O gozo de
escrever
Essa
excitação
Sim há de
haver
Tão só as
teclas
E poesia
...
musa
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