sábado, 2 de maio de 2015

PRINCESA

PRINCESA
Ainda nascem princesas no mundo
Em berço de oiro de um ventre de águas rasgadas
Em grito de dor profundo
E em tanto chão da terra há outras princesas esperadas
Do mesmo sangue das mesmas dores
Que nascem filhas de nadas
Silvestres sentidas flores
Rompendo madrugadas
Na boca das suas mães
Quantas princesas a essa hora nasceram
Filhas de mães desesperadas
E um berço de oiro não tiveram
No infortúnio da infelicidade e da ilusão
Num colo vazio de riquezas
Em pobre olhar contemplação
Neste mundo de incertezas
Crianças sem futuro nem pão
E a mesma dor ao nascer
Talvez não
Mas princesa ou plebeia
Humana criatura vinda ao mundo
Nesta desumana loucura de viver
Rica ou pobre bonita ou feia
Que sentimental desejo profundo
Qualquer criança merece ser
Tão feliz e desejada como ninguém
Princesa aos olhos de sua mãe
E num castelo de amor crescer
...
musa

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