BRUMA
Que
litania essa do vento e do sol num abraço
Do alto
das montanhas até se perder de vista
Um manto
azul de bruma a conquistar espaço
Até que
olhar se canse e eu de respirar desista
São assim
as manhãs do alto da serra e dos montes
Crepúsculos
afogueados a fundear matinais nevoeiros
Como
nuvens alcantiladas sobre as árvores pontes
E um mar
de verdes cores nas copas crinas dos pinheiros
Afago os
olhos nas neblinas dançantes que se vão dissipando
Do sol
nascente até o dia se afundar em tons de azul escuridão
E a
montanha parece um mar de vagas em prece se inclinando
Sobre a
bruma esfiando claridade da luz em sopro amortecida
Acontece a
vida em fiapos translucidos de meiga névoa solidão
Dispersa pelos
vales serpenteando doce penumbra entontecida
...
musa
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