Outrora era o tempo a correr no
moinho
O rio no abraço da azenha moendo
o pão
A vida como águas paradas pelo
caminho
Da cascata até às margens do
coração
Bucólica paisagem em selvagem
descanso
Ainda estão lá as pedras já tão
cansadas
E continua a correr o rio alegre
e manso
A regar as olgas húmidas e
trabalhadas
Águas de memórias em prece e
pranto
Nos campos férteis de laborioso
lavradio
A terra com sangue do rio brilha
encanto
Espuma enxadas em amanhecido
regadio
Que saudades do engenho moinho a
laborar
Murmúrios da cascata silêncio e
gritos do rio
Que ainda corre e a terra deixou-se
de trabalhar
Guardo na lembrança as águas
limpidas serenas
As mãos sujas de terra e por
dentro esse vazio
Que agora resgato do passado em
doces poemas
...
musa
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