A TARDE E
O VENTO
Pesada a
tarde se agita ao vento rumor
Que fere
e lateja como animal enraivecido
No crânio
entorpecido vomita e volteja a dor
Um feixe
luminoso abrasa por dentro latido
A
ventania urra a uivos a dor açaimada
É tarde e
as horas repetem se doridas
Nós
ponteiros laços da alma emaranhada
O estupro
tardio num tempo de dores vencidas
Dói a
cabeça na fortaleza do vento agitado
Em
silêncio circunscrito de analgésico pensamento
Por um
segundo instante momento sossegado
A tarde é
longa de murmúrios languidos
A dor
prece desatinando doce sentimento
Tardio
vento canta oração dos sentidos
...
musa
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