qualquer
praia onde o silêncio a pingar
a
chuva que Maio me deu
os
passos onde feneceu todo azul do mar
e
as vagas alvas margaridas floridas
como
se fossem gaivotas no céu
areias
humedecidas
desse
olhar tão meu
que
fazes aí à chuva tão só no areal
e
o mar adormecido tão quieto
como
se a solidão fosse deserto
de
um tempo surreal
de
ondas desperto
profundo
secreto
irreal
todas
as praias têm um homem só
levitando
quietude de marés por inventar
gritos
que aves esvoaçam no aturdido nó
da
garganta emudecida da solitude do mar
…
musa
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