quarta-feira, 8 de maio de 2013

CHUVA DE PALAVRAS

gosto da chuva alucinada
humedecendo as palavras do meu sentir
gosto da frase inacabada
do teu tímido sorrir
a tua mão fechada
adentro da minha
tão pequenina
a minha não a tua
branca como a lua
que meu rosto ilumina
na calçada da rua

quando me dizes debaixo de chuva
“Regresso ao meu inverno
Sonho eterno em teus seios
Reviver-me…
Neles encontrar repouso e a força
Proporcional àquela com que me atraíram…”
Ter-me assim nas tuas palavras sedução
Nos seios fartos do vale apetecido
Guardo-te a chuva desse sentido
Do sentir a humedecida excitação
A loucura da atração
Neles o olhar esquivo
Chovem as palavras sonhadas
As tuas nossas ousadas
As vontades declaradas
Endoidecido prazer
Oiço-te dizer
musa

1 comentário:

Maria da Fonte disse...

Lindo poema, gostei imenso.